quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Capitalismo uma história de amor. (Legendado)


Michael Moore dispensa apresentações.

Moore não faz documentários, não na acepção estética (e falsa) desta modalidade, que segundo os "diretores" é sempre uma narrativa "neutra", onde o olho da câmera não influencia.

Ai, ai, ai...

Como se desde a escolha do tema não estivesse ali uma influência no objeto a ser filmado, já que nada passa incólume ao olhar, e neste caso, ao registro imagético deste olhar.

Ou como se o objeto (sob registro) não agisse diferente (quando isso é possível) ao ser escrutinado pelo olhar e o registro deste olhar.

Enfim, Moore faz filmes políticos e mesmo não sendo um revolucionário, desmascara algumas falácias importantes do capitalismo.

Expus este aqui porque, se me lembro bem, há uma passagem do ex-presidente Obama, quando ele caga e anda para uma população de uma cidadezinha do interior, que enfrenta uma luta renhida com uma empresa que contamina sua água.

Muita gente diz que a decepção do eleitorado mais pobre (e negro) com Obama retirou os votos necessários a Hillary em 2016, já que este eleitorado se absteve em números significativos.

Claro que as manobras (gerrymandering) republicanas também ajudaram a compor aquele cenário de evasão de votos democratas nos seus redutos.

Só que tais manobras legais-eleitorais não resistem, como vimos agora, a um eleitorado motivado.

Ironia:

O fracasso negro deu azo a Trump, que devolveu o favor agora em 2020, e instigou os negros e latinos (e mulheres) a cassarem seu segundo mandato.

Então, parece bem cômodo para o establishment democrata (tão conservador quanto os republicanos) dizer que os votos de suas bases se esvaem por causa das restrições raciais, ou manobras partidárias nos sistemas de divisões dos distritos eleitorais.

Falta dizer uma parte importante:

O Partido Democrata decepciona a cada dia seu eleitorado mais fiel, aquele que adere às propostas mais radicais e bandeiras históricas, justamente, negros, pobres, mulheres e latinos.

Afinal, se é para votar em uma cópia mal feita dos Republicanos, eles votam nos originais, não é mesmo?

Ou pior, deixam de votar.

Mais ou menos como o Brasil, onde a moda agora é o "centro".

Desejam um sistema político sem extremos, onde tudo se pareça e nada mude.

Hehehehe...e alguns idiotas caem nessa...os frentistas!

Em suma, a rota para "o centro" é a morte da política, ou pelo menos, das possibilidades de se fazer política contra o sistema que mantém 98% da população mundial com uma renda que, somada, não supera a renda acumulada pelos outros 2%.

Por isso é preciso que aceitemos o "centro"...

Mas como existir um centro político no meio desta desigualdade brutal?

Com a palavra, os "equilibristas" ou "frentistas"...

 

Voltando ao filme de Moore, é bom lembrar: 

Foi Obama que mandou espionar Dilma, e começou a destruição da Petrobrás através das feitiçarias de seus Departamentos de Estado e de Justiça.

E a esquerda boçal (leia-se Psol e outros quejandos) bajulando o democrata Biden, e pedindo pelamordedeus que ele contenha nosso psicopata-presidente...

Uai, mas foram eles que ajudaram a eleger o coiso...como assim nos ajudar agora...?

Arf....





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