quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Big Boss Baby!

Baby Boss Prefeito e garo-Tim, em cena de desafio!

 

Os últimos episódios da campanha eleitoral de Campos dos Goytacazes só confirmam o que este escriba disse há algum tempo.

A disputa por um dos maiores orçamentos municipais do país, incluindo aí várias capitais, parece-nos uma briga de playground, onde os principais competidores parecem se engalfinhar por um brinquedo ou pela primazia da atenção dos adultos.

Roteiro parecidíssimo com uma franquia de animação da Disney, que em tradução levou o título por aqui de O Poderoso Chefinho!

Na estória, um irmão mais velho sofre com a chegada do mais novo, enquanto este se apresenta como um adulto de fraldas!

A despeito do centro do argumento ser o amor fraternal, e as inerentes contendas deste "amor", ao lado dos malabarismo paternais para se dividirem entre cuidar do novo integrante da família, enquanto lidam com a carência do mais antigo, a animação traz também outro tema sublimado, que é a imaturidade/maturidade dos infantes.

Este dilema aparece na trama, tanto na imaginação fértil e infantil do irmão mais velho, ao mesmo tempo que tenta se livrar das rodinhas da bicicleta, quanto na "personalidade autoritária" do irmão mais novo (uma alegoria para a atenção quase exclusiva exigida por bebês), enquanto oscila momentos típicos de bebês, como as "sonecas" no meio dos diálogos.

Nada mais adequado para descrever o "desafio", tipo "te espero lá fora", ou "quem cuspir aqui ganha a briga", feito pelo desesperado Baby Boss Prefeito, filho e neto de uma oligarquia política conservadora local, e seu "irmão" garo-Tim, mais velho e já deputado federal, mas nem por isso menos impúbere candidato de uma dinastia política mais recente.

Baby Boss Prefeito se imagina um grande gestor, portador das mensagens corporativas, capazes de serem aplicadas magicamente em qualquer situação, junto com uma equipe "qualificada", que falam o fluente gugu-dádá da administração pública, mas não conseguem descer dos berço sozinhos ou limparem as próprias bundinhas!

Big Boss Prefeito e sua equipe


Assistindo a todos, podemos descrever o terceiro bebê desta estória, como aquele meio coadjuvante apalermado, que resolve os problemas da trama aos trancos e barrancos, este é o Jimbo Vianna:

Jimbo Vianna atrás de um cookie

Estão todos atrás do controle da Baby Campos Corp, e da fórmula mágica que os manterá sempre bebês, ou seja, uma mamadeira de poder.

Quem não assistiu ao filme, me perdoe pelas referências.

Elas foram apenas uma maneira engraçada de ilustrar algo triste e trágico, que é assistir esta disputa eleitoral entre três indivíduos que não existem socialmente, a não ser pelas referências de seus clãs, haja vista que nenhum deles ostente qualquer outra informação em seus currículos, salvo serem herdeiros políticos de alguém.

O último ato recente, na verdade uma busca frenética do Baby Boss Prefeito em demarcar seu território, já que não lhe restam outras qualidades ou feitos para mostrar em sua catastrófica gestão, revela o nível de imaturidade política alcançado pela cidade de Campos dos Goytacazes.

No canto oposto, em lugar de mostrar maturidade, e ignorar o "te pego lá fora", o candidato até aqui favorito, o garo-Tim, embarcou infantilmente neste bate-boca, no que foi seguido pelo Jimbo Vianna.

Este é o resultado direto do lawfare, e das mensagens diárias de propaganda antipolítica da mídia, que causaram o surgimento de um vácuo, um enorme hiato de lideranças políticas, cassadas pelos partidos do judiciário, e/ou interditadas pelos partidos de mídia.

Não é uma queixa geracional ou ranzinice de quem atingiu a meia idade...quer dizer, não é só isso.

O fato é que o perfil dos candidatos autorizam a conclusão de que a prefeitura da cidade é mais um capricho, ou pior, um prova aos seus antecessores e mentores familiares de que são capazes de ir ao playground sozinhos, um rito de passagem às custas de algo em torno de 500 mil pessoas.



É bom não esperarem final feliz.




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